
Com objetivo de entender a realidade sobre a falta de mão de obra e buscar soluções conjuntas para as empresas que enfrentam esse desafio, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) realizou pesquisa que para traçar um diagnóstico sobre a situação da região. O levantamento foi realizado entre 06 e 30 de junho de forma virtual e contou com a participação de 77 respondentes. O resultado mostra que 80% das empresas possuem postos de trabalho em aberto e não conseguem profissionais para ocupar as vagas.
De acordo com o levantamento, a maior concentração de vagas está na indústria, com oportunidades nas áreas de produção, serviços gerais e funções técnicas. No comércio, as oportunidades se concentram, principalmente, em atividades de atendimento. Os salários variam de R$ 2 mil a R$ 3 mil.
No início de julho, a Acil promoveu um encontro com profissionais de Recursos Humanos (RH) e Desenvolvimento Humano (DH) de empresas da região para apresentar os resultados da pesquisa e discutir possíveis ações para reverter o cenário. A reunião contou com a participação dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Agricultura de Lajeado, Jairo Valandro, e de Desenvolvimento Social, Eliana Ahlert Heberle.
Durante o encontro, os profissionais citaram que as principais dificuldades encontradas pelas empresas no momento da contratação estão na falta de qualificação, alta rotatividade e no desinteresse por vínculos CLT. O excesso de benefícios sociais também foi citado como um fator que desestimula o trabalho formal nas pessoas.
A vice-presidente de Relações com Associados da Acil, Adriana Nunes Machado, conduziu a reunião e falou sobre a importância de a entidade estar envolvida nesses debates, pois cumpre assim com seu papel de articular entre o empresário e o poder público. "Foi um momento importante, onde criamos um ambiente seguro para tratar sobre o assunto. Depois da reunião, seguimos com contatos para ouvir cases de outros municípios que passaram por situações semelhantes. Nossa função é articular entre iniciativas que já existem para construir soluções conjuntas que possam contribuir com essas empresas" colocou.