OPINIÃO
A importância do folclore para a manutenção da cultura
   
Usar a história de antepassados para moldar a sua própria trajetória, fazendo do caminho percorrido um mapa para o futuro é uma decisão sábia

Por Carlos Alexandre Weimer
04/04/2022 15h08

Usar a história de antepassados para moldar a sua própria trajetória, fazendo do caminho percorrido um mapa para o futuro é uma decisão sábia. Não por motivos de saudosismo, mas por respeito às raízes e tradições ancestrais. Todos têm uma origem, todos devem reverenciá-la.  

Com certeza você já ouviu aquela frase que “o Brasil é um País sem memória”. Alguém desmemoriado está fadado a repetir erros já feitos e a esquecer dos seus e das suas ascendências, não concorda?

O sentimento de pertencimento a algo é bem mais forte do que parece ser. Estar vinculado a uma família, a uma tradição e a um conhecimento repassado são laços indestrutíveis. São laços de reconhecimento, respeito e irmandade.

Devido ao que estamos vivendo, com a invasão russa do território ucraniano, vemos que a cultura de todo um povo precisa ser preservada. Para além de disputas geopolíticas obsoletas, há de se notar que toda uma identidade pode ser apagada num piscar de olhos.

E não, não podemos deixar este mesmo contexto por aqui se espalhar, nem admitir que nossas tradições desapareçam. É uma questão de sobrevivência observar e cultuar nossos ancestrais e seu modo de existir.

Uma das siglas brasileiras mais fortes que perpetuam os saberes e viveres tradicionais é o Grupo de Danças Folclóricas Internacional de Nova Petrópolis, que acaba de completar 50 anos de existência, e que com muito orgulho integra o departamento cultural da Sociedade Cultural e Recreativa Tiro ao Alvo de Nova Petrópolis, que tem mais de 125 anos de história, sendo um dos grupos folclóricos mais longevos do País, atuando em sua comunidade de forma ativa, para recapitular e manter viva a cultura originária de povos imigrantes que colonizaram a região sul do Brasil.

O sentido de tudo isso é simples: homenagear e perpetuar a ascendência dos habitantes de Nova Petrópolis e cidades próximas, através de ensinamentos lúdicos e festivos, ornados por trajes típicos e folclore revisitado.

Para dar ainda mais sentido à data e aos aprendizados repassados, o G.D.F. Internacional acaba de lançar seu fotolivro “50 anos de Tramas e Ritmos”, com mais de 250 registros fotográficos que retratam a beleza de seguir cultuando as tradições. 

Frente à pesquisa, redação e edição estão Luciane Schommer e Álvaro Benevenuto Jr. A obra conta com acervos do Jornal A Ponte, de Normélio Deppe, do Arquivo Histórico Municipal Lino Grings e acervo fotográfico do Festival Internacional do Folclore. A produção cultural é de Cali Gestão Cultural, que tornou possível a execução do projeto.

Que reconheçamos a importância de um grupo focado na disseminação de cultura, e para isso indico a leitura do fotolivro, material feito com foco no que mais importa: nossas raízes.

Por Carlos Alexandre Weimer

Contador, e coordenador geral e tesoureiro do Grupo de Danças Folclóricas Internacional de Nova Petrópolis

   

  

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