COLUNISTA
QUEM CUIDA DOS PAIS?
   
Tem uma música que expressa em uma de suas estrofes o seguinte: “Conheço um velho ditado, desde os tempos dos agais, onde um pai cuida dez filhos, porém dez filhos não conseguem cuidar um pai”

Por Jaime Folle
24/05/2022 16h02

Deus nos dá os pais para que sejam como anjos em nossas vidas, para que nos cuidem e ensinem o que é certo e errado, para que nos dêem os conselhos certos na hora certa, para que estejam ao nosso lado nos momentos difíceis e também nos felizes. É dos pais que aprendemos a respeitar, a confiar e amar incondicionalmente, a quem devemos nossas vidas e tudo o que com ela aprendemos.

Quantas noites mal dormidas, quantos dias cansados os pais passam para dar conta de seus filhos, e não importa quantos sejam eles: um, dois, cinco, dez, este pai estará com a mãe junto, sofrendo as mesmas dores e vivendo as mesmas alegrias e angústias de seus filhos. São cuidados que vão desde a primeira infância até a fase adulta. Vai mais longe ainda, o zelo de um pai e de uma mãe vai até a entrega de sua própria vida por eles, se for preciso.

Porém, quanto aos filhos, terem de cuidar de seus pais na velhice, as coisas não acontecem exatamente assim! Tem uma música que expressa em uma de suas estrofes o seguinte: “Conheço um velho ditado, desde os tempos dos agais, onde um pai cuida dez filhos, porém dez filhos não conseguem cuidar um pai”.

Será que os filhos reconhecem o sacrifício de seus pais?

Será que os filhos cuidarão seus pais quando estes estiverem velhos?

Será que dez filhos vão conseguir dar conta de um único pai ou de uma única mãe?

São as armadilhas da vida, e o destino da grande maioria de nossos velhos é o triste e cruel abandono dos próprios filhos, gerados de seu próprio sangue, sendo jogados em asilos ou em suas próprias casas, sem os devidos cuidados, afeto, amor e carinho de quem deu uma vida inteira para cuidá-los e educá-los, formá-los, e agora estão aí, à mercê dos cuidados de estranhos.

Quando os filhos se reúnem para resolver o problema de seus pais, vira uma discussão interminável, ninguém quer assumir os velhinhos. Passam a ser um fardo pesado para eles, só que não lembram mais que os pais carregaram por longos anos o seu pesado fardo e não reclamavam.

Os filhos em muitos casos não têm o mesmo amor por seus pais, assim como os pais tinham amor por seus filhos.

Será porque os filhos não conseguem retribuir este amor aos seus pais da mesma maneira que receberam?

Quem vai cuidar dos velhinhos?

Este é o triste destino de muitos velhinhos que acabam suas vidas abandonados, bem longe do amor de quem eles mais queriam por perto. Suas jóias mais preciosas: os seus próprios filhos.

Até a próxima!

   

  

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