COLUNISTA
QUEM NÃO ERRA É PORQUE NÃO TENTOU
   

Por Jaime Folle
22/07/2025 17h55

Viver é um ato de coragem. E nessa jornada, errar é inevitável — não como um fracasso, mas como parte do caminho. Desde os primeiros passos na infância até as decisões mais difíceis da vida adulta, somos seres em constante construção, e essa construção se dá, muitas vezes, sobre as ruínas dos nossos próprios enganos.

Acumular erros não é o mesmo que falhar continuamente sem aprender. É reconhecer que cada tropeço traz uma lição, que cada escolha malfeita traz consigo a possibilidade de reflexão e amadurecimento. Os erros nos ensinam mais sobre quem somos, sobre quem queremos ser — e, principalmente, sobre quem não queremos nos tornar.

A sociedade, muitas vezes, nos empurra a buscar a perfeição, mascarando os erros como fraquezas. Mas, na realidade, são os erros que nos humanizam. São eles que aproximam as pessoas, que despertam empatia, que nos forçam a olhar para dentro. Sem eles, viver seria apenas sobreviver: mecânico, previsível, sem profundidade.

O acúmulo de erros é o mapa da nossa história. Ele mostra por onde já passamos, o que nos custou crescer e como seguimos em frente. Quem não erra, é porque não tentou. E quem não tenta, estagna. Os erros sinalizam movimento, ousadia, tentativa. Eles gritam que estamos vivos, que ainda não desistimos, que ainda acreditamos na possibilidade de acertar, apesar de tudo.

Por isso, ao invés de nos envergonharmos dos nossos erros, que possamos acolhê-los com honestidade. Que possamos olhar para eles com humildade e aprender com cada um. Pois viver é isso: cair, levantar, errar de novo — mas nunca do mesmo jeito. Porque, no fim das contas, não são os acertos que nos moldam. São os erros bem vividos que nos tornam mais fortes, mais conscientes e, acima de tudo, mais humanos.

Refletimos este tema durante esta semana.

Até a próxima.

   

  

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