Em um ano em que as diversas relações internacionais, tanto políticas como comerciais, pautam discussões e acordos ao redor do planeta; e em momento que as negociações do Brasil com potências mundiais ganham as manchetes, a Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis) abriu mais uma vez espaço para uma contextualização de parte deste cenário. Em sua quarta Reunião-Almoço (RA) da temporada, a entidade trouxe como tema "Uma Jornada de Governança na China". Em painel apresentado pelo administrador e empresário Fernando Röhsig, as peculiaridades de um "regime comunista com um sistema econômico capitalista" foram detalhadas aos mais de 120 presentes ao evento na Società Italiana Fiori Dei Piani. "Comunista..., não socialista, e há diferenças, assim como as Chinas interna e externa", alertou o palestrante, logo no início de sua fala.

Conselheiro de Administração e Diretor Geral do Grupo Medical San, de vasta experiência em negociações internacionais, Röhsig retornou recentemente de mais uma jornada técnica, agora pelo país oriental, junto com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). País que já havia visitado na década passada. "E há muitas diferenças entre essas duas passagens, em diversos sentidos e cenários", alertou. "A começar pela China vendida para fora, externa, e outra a interna, real, de bastidor", frisou, mais de uma vez, ao exemplificar algumas destas duas visões.

Hoje   

Röhsig explorou o funcionamento de empresas, ecossistemas de inovação e práticas que fazem da China ainda uma potência global. "Falamos de 1.4 bilhão de habitantes. O Brasil equivale a apenas 15% da população chinesa. Temos cidades maiores que São Paulo que pouco escutamos falar", destacou Röhsig, ao explicar também o filtro de proteção feito pelo governo em tudo que é noticiado e utilizado localmente, seja como ferramenta de comunicação, seja na defesa de suas empresas. "Basta vermos o mapa mundial utilizado, que traz a China no centro do planeta. Metade das 500 maiores empresas do mundo são asiáticas. Até 2030, a Ásia abrigará 65% da população classe média do planeta; 40% do consumo", enaltece.

Amanhã

"Mas nem tudo são boas notícias, até porque as ruins não chegam até nós. A queda do PIB e da população da China, até porque ter família lá se tornou algo muito caro, são obstáculos do governo e da economia. Temos 90 milhões de apartamentos novos vazios na China. Isso dá mais que o número de moradias totais do Brasil, apesar destas informações não chegarem até nós. Se essa tendência de queda seguir, mais problemas surgirão lá", resume ele, ao questionar. "Como será o amanhã?". "Não sabemos", responde. "Certo mesmo é que vivemos uma guerra comercial entre EUA e China, entre Ocidente e Oriente, onde devíamos por certo fazer negócios com os dois e ficarmos quietos", ensina. "Ocorre que aqui a política entra no negócio, fala mais alto, e quem paga o preço somos nós", cita, ao resumir inúmeras visitas técnicas a empresas, órgãos reguladores e institutos de inovação e pesquisa e outros setores que passou pela China e outros países.

Conecta

Antes da palestra principal, o evento deu espaço para outras duas ações. A primeira, por parte do presidente da Cacis, Claus Humberto Wallauer, que fez uma breve apresentação dos novos sócios da entidade. Para mais detalhes sobre os benefícios de ser sócio Cacis, chamar pelo telefone (51) 3712-1900, WhatsApp (51) 98633-00021 ou pelo e-mail cacisestrela@cacisestrela.com.br

Em seguida, ocorreu outra breve apresentação, do "Conecta", uma ferramenta desenvolvida em parceria entre Poder Público e Cacis para atender a uma das principais demandas do município, que é a conciliação entre oferta e procura de empregos. A coordenadora da Secretaria Municipal de Ciência, Trabalho, Tecnologia e Inovação, Raquel Brandão, detalhou aos presentes o uso do aplicativo e o atual contexto, reforçando a grande e eficiente ferramenta que pode ser melhor explorada pelos empresários e trabalhadores de Estrela e região.

Apoio - São patrocinadores fixos das RAs em 2025 os sócios Cacis: Altari; Brasilata; BRDE(Banco regional de Desenvolvimento Extremo Sul); Casa Americana Estrela-Lajeado; CDL Porto Alegre; Corretores Franqueados da Prudential do Brasil (Daniel Aires e Rodrigo Bandeira); Dinna; Eidt Empreendimentos Imobiliários; Gardel Imóveis; Grupo A Hora; Grupo Medical San; Launer Química; Nexsul Conectividade; Falara – Gestão de Marcas; RSData software de sst; Sicredi;  Tecnosom – produções e eventos; Unimed vales do Taquari e Rio Pardo. Os mesmos entram como parceiros em outras iniciativas da entidade, entre as quais o "Capacita Cacis" e os "Cafés Empresariais".