SAÚDE |
Gaúcha foi a única representante da América Latina em conselho global sobre vitiligo em Paris |
A gaúcha Gladis Lima, presidente da Psoríase Brasil, foi a única representante da América Latina a integrar a 2ª edição do Vitiligo Patient Advocacy Group Leaders Council (Conselho Global de Lideranças de Pacientes com Vitiligo, em português), realizada nesta terça (17), em Paris, durante congresso anual da European Academy of Dermatology and Venereology (EADV). O evento reuniu lideranças de associações de pacientes de países como Alemanha, Itália, Canadá, Espanha e Países Baixos, com o objetivo de fortalecer a atuação global das organizações de pacientes no enfrentamento à doença.
Com a participação inédita, a Psoríase Brasil — entidade com sede em Porto Alegre e atuação nacional na defesa dos direitos das pessoas com doenças crônicas de pele — passou a representar o Brasil no fórum internacional, reforçando seu protagonismo no movimento global de advocacy em dermatologia.
A presença de Gladis Lima é considerada um marco histórico, especialmente diante da ausência de políticas públicas voltadas ao vitiligo no país. Atualmente, a doença não possui PCDT (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas) aprovado pelo Ministério da Saúde, tampouco medicamentos registrados pela Anvisa — o que significa que não há tratamento disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante o encontro, os participantes elencaram as principais necessidades não atendidas na jornada do paciente com vitiligo — desde o diagnóstico precoce até o acesso a tratamento eficaz e suporte psicológico adequado — e discutiram estratégias para aproveitar a recente resolução aprovada pela Organização Mundial da Saúde em sua 78ª Reunião Anual (WHA78), que reconhece as doenças de pele como prioridade global de saúde pública.
A proposta é transformar o diálogo em políticas concretas e construir um plano global de ação para o vitiligo, envolvendo governos, profissionais de saúde, pesquisadores e entidades da sociedade civil.
“Estar nesse grupo global é uma oportunidade única de levar a perspectiva do Brasil, que enfrenta desafios semelhantes aos de outros países latino-americanos, onde o acesso a diagnóstico e tratamento ainda é limitado, e contribuir para a construção de políticas mais equitativas e inclusivas para as pessoas com vitiligo no mundo todo. Esperamos que essa participação abra caminhos para que os pacientes brasileiros finalmente tenham acesso a tratamentos eficazes e reconhecidos pelo SUS”, afirmou Gladis Lima.
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